"Puedo escribir los versos mas tristes esta noche..."
Há certos momentos em nossa vida em que palavras não são
capazes de definir o que sentimos, a verdade não é dita em voz alta, embora tente
escapar de modo desconcertante, ela não pode ser decifrada, deve-se manter um
código de segurança máxima para que não seja violada.
Entretanto, 'ao riscar as palavras no papel',
princípios de lágrimas escorrem por entre as vogais, que são as mais emotivas,
à medida que tento transcrever algo que faça sentido nesse texto descartável.
Tristeza e alegria coexistem no mesmo espaço
cardíaco em que se misturam ao passar pelos ventrículos e que inevitavelmente
alimentam o sangue ve(ne)noso.
E este é o momento em que me dou conta de que a
felicidade - tão desejada - não é tão ingênua assim, nem tão colorida, nem gentil, nem ao menos coerente.
Os dois lados da moeda divergem a todo momento de maneira que se cria uma sensação de angústia e perplexidade do que virá a acontecer após
jogá-la para cima e esperar em que lado cairá; a semiologia pode nos ajudar a
compreender melhor aquilo que sentimos, através da revelação do sentido oculto das coisas: a coroa seria a
felicidade, a vivacidade, a alegria que se ilumina pela grandiosidade do ouro;
a cara é a realidade, a bruta realidade omitida inicialmente, porém escancarada
assim que a felicidade se esfalece pelo “abrir dos olhos da vida”.
Tenho essa moeda nas minhas mãos.
E o medo de jogá-la me acomete a todo instante em
que enfrento essa situação.
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