Por Carolina Brito.
Seis e vinte da manhã. O despertador toca, me colocando novamente na minha eterna dúvida: quem sou eu? Qual o meu objetivo hoje? Qual o meu objetivo na próxima semana, mês, ano? Enquanto todo mundo me diz o quão nova estou e o tanto de oportunidades que vão surgir em minha vida, eu me pego pensando na falta de tempo que tenho pra pensar na minha vida simplesmente por estar vivendo a minha vida. Vivendo, ou sobrevivendo? Gosto de pensar que o muito de tempo que tenho pela frente servirá pra tirar essa angústia de não saber exatamente nada do que estou fazendo e mesmo assim seguindo em frente. Fazendo o que tem que ser feito para um dia poder viver bem comigo mesma - sobrevivência temporária. Mas, e quando eu terminar, serei feliz? Será que até lá eu vou provar da felicidade de me achar em algo, de ser alguém? Aos 3, minha certeza era a minha sempre-bem-vestida-e-penteada barbie. Aos 7, os desenhos do canal cultura que passariam às 15h, quando eu terminasse de fazer minha lição de casa. Aos 14, o meu primeiro amor, que, para mim, duraria pra sempre (risos). Aos 16, universidade. E as provas do colégio. E os simulados. E as isoladas. Mas só uma responsabilidade: passar no vestibular, que, apesar de não ser nada fácil - minhas visitas à psicóloga garantem isso -, era um objetivo concreto, sabe? E hoje, beirando a maioridade, minha única certeza é que eu não tenho certeza mais de nada, se eu tô fazendo bem, se eu tô fazendo certo. Quero de volta a segurança que tive durante toda minha vida.
Seis e vinte da manhã. O despertador toca, me colocando novamente na minha eterna dúvida: quem sou eu? Qual o meu objetivo hoje? Qual o meu objetivo na próxima semana, mês, ano? Enquanto todo mundo me diz o quão nova estou e o tanto de oportunidades que vão surgir em minha vida, eu me pego pensando na falta de tempo que tenho pra pensar na minha vida simplesmente por estar vivendo a minha vida. Vivendo, ou sobrevivendo? Gosto de pensar que o muito de tempo que tenho pela frente servirá pra tirar essa angústia de não saber exatamente nada do que estou fazendo e mesmo assim seguindo em frente. Fazendo o que tem que ser feito para um dia poder viver bem comigo mesma - sobrevivência temporária. Mas, e quando eu terminar, serei feliz? Será que até lá eu vou provar da felicidade de me achar em algo, de ser alguém? Aos 3, minha certeza era a minha sempre-bem-vestida-e-penteada barbie. Aos 7, os desenhos do canal cultura que passariam às 15h, quando eu terminasse de fazer minha lição de casa. Aos 14, o meu primeiro amor, que, para mim, duraria pra sempre (risos). Aos 16, universidade. E as provas do colégio. E os simulados. E as isoladas. Mas só uma responsabilidade: passar no vestibular, que, apesar de não ser nada fácil - minhas visitas à psicóloga garantem isso -, era um objetivo concreto, sabe? E hoje, beirando a maioridade, minha única certeza é que eu não tenho certeza mais de nada, se eu tô fazendo bem, se eu tô fazendo certo. Quero de volta a segurança que tive durante toda minha vida.